sábado, 24 de março de 2012

Saindo da inércia

Estava refletindo sobre o sutra de Pátañjali "Sthira sukham ásanam” (A posição física deve ser firme e confortável) II-46, e me veio à mente a questão da acomodação. Uma tendência forte no ser humano é a de se ajustar aos contextos e situações, não importa quais essas sejam, para se afinar com as egrégoras do qual faz parte. Podem ser por vezes feitas inclusive escolhas ´incômodas´ do ponto de vista pessoal, mas que para aquele grupo fazem todo o sentido e o indivíduo muitas vezes sequer percebe o próprio desconforto.

Para um real trabalho de tapas é necessário sair da zona de conforto, auto-percepção e autenticidade. Assim como as pessoas em geral se acostumam a ter má postura física e, ao apenas sentarem com a coluna reta sentem dor, uma mudança de paradigma - que sempre é uma auto-superação - gera inicialmente instabilidade e desconforto (exatamente o oposto do que disse o pai do Yôga clássico) para que em um segundo momento haja uma reacomodação. Isso dá trabalho, pois todos tendemos à inércia.
  • Terminar um relacionamento que já não tinha mais sentido
  • Mudar de trabalho
  • Vencer a timidez e convidar aquela pessoa para jantar
  • Fazer sua prática (seja de Yôga ou outra atividade) com constância
  • Não se reprimir
  • Vencer o medo e se colocar quando há algo errado em uma situação/grupo/lugar
  • Mudar a alimentação para aquela que se percebe como melhor
  • Sanar vícios (álcool, cigarro, açúcar, ciúmes, agressividade e etc.)
  • Alterar o que se considera errado na própria conduta
Esses são apenas alguns exemplos de auto-superação. Para estes e quaisquer outros é necessária determinação. Depois de superado o obstáculo, o resultado inevitável é o bem-estar, mas para se chegar lá é preciso se vencer a preguiça e agir. Quem quiser aqui relatar sua experiência é meu convidado!

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